segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sagesse Naturelle

Être comme un fruit,
que, sous pression,
murît.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Unidos, em busca da paz

by Jefferson Neto on Thursday, December 15, 2011 at 9:02am · (dados da publicação original)

A guerra externa coletiva é o resultado da guerra interna individual.
Podemos conceber isso, entretanto, podem surgir questionamentos:
- Como posso contribuir com a paz se o mundo vive em guerra?
- Independentemente do que eu faça, tudo continuará como está. Quem sou eu diante dos governos e de suas decisões?
Imaginemos, de início, uma semente. Se for ruim e malsã, não brotará, ou produzirá maus frutos; se for boa e sã, decerto brotará e produzirá bons frutos. Do mesmo modo ocorre conosco. Nossas ações, sentimentos e pensamentos de paz são sementes de uma futura exuberante natureza e vida. Mas como andaremos pelas florestas da harmonia se não começarmos a semeadura?
A mais avançada ciência natural tem, hoje, recursos para provar empiricamente o que, ontem, os sábios gregos já enunciavam filosoficamente: tudo é uno (“no ser e como ser o uno une tudo o que é”)(Cf.Heidegger, Heráclito, 1973a, p. 275). Nesse sentido, é o que expõe o físico austríaco Fritjof Capra:
“Matéria e espaço vazio — o todo e o nada — eram dois conceitos fundamentalmente distintos, nos quais se baseava o atomismo de Demócrito e Newton. Na relatividade geral, estes dois conceitos passam a ser inseparáveis. Onde quer que exista um corpo com massa, existirá também um campo gravitacional, e tal facto manifestar-se-á na curvatura do espaço que o rodeia (...) Assim, na teoria de Einstein, a matéria não pode ser separada do seu campo de gravidade, e este não pode ser separado da curvatura do espaço. Espaço e matéria são pois tomados como partes inseparáveis e interdependentes de um único todo. (...) Assim, a física moderna veio uma vez mais mostrar-nos— e desta vez a um nível macroscópico—que os corpos materiais não são entidades distintas, mas que estão inseparavelmente ligados ao mundo que os rodeia (...) Daí a noção de um «campo quântico», isto é, um campo que pode assumir a forma de quanta, ou partículas. (...) Nestas «teorias de campo quânticas», o contraste clássico entre partículas sólidas e espaço circundante é completamente ultrapassado. O campo quântico é tido como a entidade física fundamental; um meio contínuo que está presente em toda e qualquer parte do espaço. As partículas são meras aglomerações locais do campo”. [grifo meu] (CAPRA, O Tao da Física, p. p.173, 174)
Capra mostra-nos que um campo quântico de fótons pode assumir a forma tanto de quanta (energia) como de partículas (matéria). Em outras palavras, ele nos diz da inseparabilidade de matéria e energia (espaço sub-atômico). Trata-se de um todo.
Vamos conceber a imagem de uma teia que uma pequena e dedicada aranha tenha elaborado. Qualquer criança é capaz de perceber que se determinado ponto da teia recebe um estímulo, todos os outros vibram, respondendo àquela ação. O universo é a teia e o que sai de nós são estímulos que fazem vibrar toda a malha.
Dessa maneira, observemos os estudos de Gregg Braden[1]:
“Este experimento foi levado a cabo pelos militares.
Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Essas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nessa experiência o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de videoclipes que geravam emoções ao doador. O DNA era colocado em um lugar diferente de onde se encontrava o doador, mas no mesmo edifício.
Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas) o DNA expressava respostas idênticas e ao mesmo tempo. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão. Os altos e baixos do DNA com os altos e baixos do doador. Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 quilômetros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o mesmo resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão. O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo.
Que significa isso? [O cientista] Gregg Braden diz que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Essa energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Essa não é uma forma de energia localizada, uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo”. (BRADEN, O DNA e as Emoções).
Ainda nessa linha, estão os experimentos do japonês Masaru Emoto – os quais ganharam maior notoriedade depois de veiculados no filme “Quem somos nós?”. Em suma, o método: recolhimento de amostra de água; exposição a diferentes tipos de estimulação (sonoro-musical e verbal; escrita; emocional; e mental); congelamento da amostras; retirada e exame no microscópio. Seguem fotografias do resultado de algumas amostras:




Variações Goldberg, de Bach.

Recapitulando: 1) o conceito exposto em Heráclito de que tudo é um; 2) os estudos de Capra, que mostram a existência de campo energético que a tudo permeia e une; 3) os estudos de Gregg Braden sobre DNA e as emoções; 4) os resultados de Masaru Emoto, nos quais se demonstra que a forma física dos cristais de água se altera segundo toda a sorte de vibração de onda (sonoro-musical e verbal; escrita; psíquica).

Decorre disso, primeira conclusão:
- Tudo está interligado, de modo que toda e qualquer ação física (sonora, verbal, escrita, motora etc) ou psíquica (emocional, mental, anímica) produz resultados (no todo) qualitativamente proporcionais aos estímulos dos quais se originaram.
Associando a tais dados a informação básica de que somos (corpos físicos e superfície terrestre) compostos de água na aproximada proporção de 70%, desse modo, parece-me não haver forma mais direta de contribuirmos com a paz – tão necessária no presente momento planetário – senão assumindo um pequeno esforço reflexivo no sentido de uma conduta mais pacífica nos campos:
1) físico: Muitas vezes, ainda que inconscientemente, usamos palavras, gestos, movimentos que violentam a nós mesmos e aos que convivem conosco. É possível que nossas palavras e ações se aproximem da paz e da harmonia?
2) emocional: mesmo sem expressá-los, frequentemente acabamos por remoer sentimentos e emoções negativas. É possível perdoarmos, com agilidade, a si e aos outros?
3) mental: em muitos momentos, agimos violentamente quando saturados de uma emoção violenta, a qual tem raiz num pensamento violento que cresceu desmesuradamente. É possível trabalharmos a vigilância ao que pensamos?
Sim. Sempre é possível contribuir. O trabalho começa a partir de cada um. Cada qual pode se trabalhar e se melhorar um pouco. Não se trata de esperar que a paz se aproxime de nós, mas de nós nos aproximarmos dela. Não é necessário aguardar que algum governo a institua, mas cada um de nós pode começar a instituí-la em si próprio. Daí, as palavras de Gandhi “Seja a mudança que você deseja para o mundo”. Nossa postura nos afeta e, simultaneamente, a tudo que nos rodeia.
Contribuímos com a pacificação das guerras externas, propriamente ditas, à medida que cada um nós pacifica a guerra em si.




REFERÊNCIAS:
- BRADEN, Gregg. O DNA e suas emoções. (versão eletrônica)
- CAPRA, Fritjof. O Tao da Física: Uma exploração dos paralelos entre a física moderna e o misticismo oriental. Lisboa: Editorial Presença, 1989.
- EMOTO, Masaru. Messages from water. (versão eletrônica)
- HEIDEGGER. Heráclito. In: ROCHA, Zeferino. Heráclito de Éfeso, filósofo do Logos. r e v i s t a l a t i n o a m e r i c a n a de psicopatologia f u n d a m e n t a l ano VII, n. 4, dez/ 2 0 04.
[1] Gregg Braden: Desenhista de sistemas de computação aeroespaciais da Nasa e geólogo chefe da Phillips Petroleum




segunda-feira, 18 de junho de 2012

Fogo


Sempre existe algo maior. Há alguns instrutores que usam a imagem da vela. Uma chama exterior, diferente daquela central. Se repararmos bem, a chama central é exterior em relação a uma mais central e assim por diante. Se perguntam "como é a chama?". Depende... qual delas?
Vamo-nos tornando mais sensíveis à medida que buscamos não fazer nem ver tudo sempre do mesmo jeito. A maior sensibilidade será a maior aptidão em perceber ágil, precisa e amplamente as soluções para as questões que se apresentam a todo momento.
A cada um, um fogo. Livre, espontâneo. Olhando para dentro,  isso vai sendo vislumbrado. Cada vez mais, vamos sendo o próprio fogo, que é puro movimento e transformação; que transforma a tudo o que toca; e que queima o que não se pode elevar e eleva o que não se pode queimar.
Agora há pouco, após haver escrito as linhas acima, deparei-me com as seguintes palavras de Rumi:

          “Até que você tenha encontrado o fogo dentro de si mesmo,
como o Amigo,
não alcançará a primavera da vida”.