sexta-feira, 19 de julho de 2013

Diálogo

Você olha no olho do outro e, no silêncio, conversa com o Universo: "Dentro da possibilidade, entrego-me a Vós. Em que e como posso ajudar este seu filho diante de mim? Seja feita a Vossa vontade, sou um mero instrumento". Comunicar-se com o Alto é orar. Mas isso tudo é dito em silêncio, sob a forma de uma sintética e instantânea intenção.

domingo, 2 de junho de 2013

Simbologia corporal: olho e boca

I
Assim como o olho é expressão da alma, a boca é expressão da personalidade. A alma se liga à essência, o olho é estável; a personalidade se liga à aparência, a boca é alterável. No olho, encontramos o que há de profundo; na boca, o que há de superficial. Suas formas são semelhantes, seus conteúdos são discrepantes.
Justamente daí é que provém a explicação da regra de etiqueta aparentemente banal e formal: “Ao conversar, olhe nos olhos”.
                                                                                   your-soul.com

Tal prescrição não somente demonstra respeito para com o outro; mas, sobretudo, contribui com a criação de estados positivos:
1) Menor susceptibilidade a reagir ao que o outro diz.
2) Maior confirmação da essência suprema no outro.

***

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Suprema lembrança

A gratidão em tempo calmo
deve vir antes do apelo em meio à tempestade.

Quando tudo parece bem,
contempla, agradece.

É deste esquecimento de si,
dessa simples pura lembrança do supremo,
que nasce potência,
unindo-se a outras
em perene trabalho:
orientar passos,
suavizar cargas,
elevar capacidades.

Ao mais leve toque da consciência,
assuma-se co-criado

domingo, 31 de março de 2013

Instante de Reverência


Ir para dentro.
Profundo respeito e gratidão
pela Criação.

Não se opor
ao curso invisível e verdadeiro da vida.

Como se sentir muito
senão o justo
diante do Infinito?

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sobre força e poder



Em certo sentido, os atributos força e poder são inversamente proporcionais. Força, em seu sentido mecânico, "é a grandeza capaz de vencer a inércia de um corpo, modificando-lhe a velocidade ou causando-lhe deformação temporária ou definitiva" (ab Newton). Poder é tomado aqui como a qualidade de lei atribuída que permite a consecução de determinado propósito.  Para atingir um objetivo, quanto menor o poder mais força é necessário e vice-versa. Todo poder possui muita força, mas nem toda força possui muito poder.
Já que o uso de força requer energia, quanto maior o poder maior a economia. Então, força sem poder produz maior desperdício que a força natural do poder.
E, ainda, entre seres humanos: a primeira somada ao segundo tem como uma das consequências o autoritarismo, e seu efeito negativo só pode ser evitado se o poder é exercido sem esforço, pois a interseção da força sem poder (voluntária) com a força do poder (involuntária) é recebida pelo outro como agressividade.
Sendo assim, a quem é atribuído o poder de velar pelo cumprimento de determinada tarefa, em prol da harmonia e da economia, não é necessário, para que uma ordem seja cumprida, que aplique mais força (que se esforce, voluntariamente) além da força que naturalmente já traz consigo o próprio poder. Somente esta é suficiente.
      Finalmente, se é preciso que seja vencida a inércia de um homem, mudar-lhe a velocidade de ação, dar-lhe outra forma; isso não é conseguido através de uma força (externa) agindo sobre a outra (inercial), pois isso geraria atrito-agressividade. Para além da mecânica, do autoritarismo, da agressividade, é preciso que sobre esse homem aja não somente uma força mecânica, mas também a força natural do poder.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vitória

Hoje,
no ápice de uma das batalhas comigo mesmo,
do amor me lembrei,
amei
e venci.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Da série "Não confundir vida com vírtua"

Caro eu mesmo,
harmoniza, mas não completamente,
dizer “esqueça o que eu disse,
deixe-me refazer,
dê Control Z”.



Prezado eu mesmo, 
saiba que a tecla “delete’,
em alguns programas de vida, 
não funciona. 




sábado, 12 de janeiro de 2013

Evolução

Mineral, vegetal, animal, humano. O quinto reino (supra-humano) retomará o terceiro (animal) em nível superior. 3º, 4º, 5º: irracional inconsciente, racional semiconsciente, irracional consciente. Ou seja: instinto, razão, intuição. Exemplo: não-rancor, rancor, perdão. Isso é também simbólico, isto é, o indivíduo guarda em si o animal, o homem e o anjo; esses entes competem entre si até que a transição se realize plenamente.
Importar lembrar que existe um nível irracional não somente inferior mas também superior ao racional.



p.s: Talvez o "Quinto Império" de Padre António Vieira não seja mera crença supersticiosa...


sábado, 5 de janeiro de 2013

Curtir ou não curtir?


“Não leve, Jefferson, tão a sério a dualidade. É apenas o nível do livre-arbítrio. ‘Just a game’. O real não tem divisão. Só há a necessidade, o que deve-ser-no-agora”.